O Projeto “Como vai seu Mundo?” inicia o mês de novembro com muita Literatura, focando produzir substrato para o livro que lançaremos em breve, contando com a mediação do convidado Renan Lélis.
Nesta oficina os reeducandos tiveram um contato diferente com a literatura, tendo uma proximidade maior desta arte feita com as palavras, visando uma criação literária feita pela grande massa, próxima da sua realidade e menos acadêmica e no formato da qual costumamos aprender na escola.
Como atividade os reeducandos presentes construíram textos, poemas e letras musicais, baseados em palavras elencadas em uma dinâmica coletiva. (Saudade, Liberdade, entre outras). Um grande número de homens mostraram qualidade e inspiração em suas obras ao recitá-las e compartilhá-las com o grupo após as produções, revelando intimidade com as palavras, já que estas vieram do coração e refletem situações da realidade em que vivem. A atividade mostrou-se de forma tão profunda em todos, de modo que a emoção ficou nítida em um dos reeducandos, que ao declamar seus sentimentos, se entregou as lágrimas, emoção pura!
O material produzido será utilizado dentro do livro que será lançado em breve, contando com a colaboração de todos e todas para esta proposta além muros. Ao final houve uma abordagem de Eduardo Bustamante falando sobre a necessidade da leitura e escrita num estado efetivo de democracia, onde todos e todas devemos nos apropriar destas habilidades para alcançar seu espaço. Falou também do compromisso que os rappers e as personalidades públicas da periferia devem ter com os marginalizados, já que se apresentam contando e cantando a realidade do nosso povo. “O dia em que o RAP perder o efeito vai virar enfeite”.
Nós como Coletivo periférico buscamos efeito real nas ações e nas transformações, assim como o Projeto “Como vai seu Mundo?” tem trazido aos detentos e suas famílias, revolução em empoderar aqueles que para muitos são monstros e que devem ser exilados do convívio.
Coletivo PESO!
Eu não fui nesta oficina, mas imagino como deve ter sido emocionante ver as criações literárias dos participantes, com certeza foram muito autenticas.
ResponderExcluirConcordo com a necessidade da leitura e escrita, para todos.
Quem sabe não conseguimos, com o Projeto, bibliotecas melhores dentro dos presidios, para que esta prática se torne um hábito entre os reeducandos.
Bjos e força na nossa caminhada!